8.3 C
Coimbra
Sexta-feira, 7 Fevereiro, 2025
InícioGERALAventura na Secretaria-Geral da Universidade

Aventura na Secretaria-Geral da Universidade

Terminado o mestrado, quis obter o respectivo Diploma e uma certidão da Acta do Júri. Tentei pedir os documentos no sítio dos Serviços Académicos na internet, mas a “Acta” não consta das opções disponíveis.
POR TELEFONE E POR E-MAIL
No dia 23 de Setembro, contactei telefonicamente os serviços e fui informado de que deveria enviar uma mensagem de correio electrónico a solicitar a emissão dos referidos documentos. Como resposta receberia um formulário para preencher e uma referência multibanco para efectuar o respectivo pagamento.
Foi o que fiz no dia seguinte: «Solicito informação de como obter os seguintes documentos:
– diploma de conclusão de mestrado
– cópia da acta do júri das provas de mestrado.
Informo que as provas, em Comunicação e Jornalismo, decorreram no passado dia 12 de Setembro. Mais informo que se trata de um mestrado pré-Bolonha.»
No dia 9 de Outubro, como continuava sem receber qualquer resposta, enviei nova mensagem: «Recordo o pedido de informação efectuado há 15 dias. Se bem que não se trate de algo muito urgente, creio ser razoável ter resposta em duas semanas.».
Continuei sem resposta. Até ontem, 23 dias depois da primeira mensagem.
Os sucessivos talões de estacionamento
Os sucessivos talões de estacionamento
PRESENCIALMENTE
Ontem decidi ir pessoalmente à Secretaria-Geral. Pensei que seria um “dia bom”, porque já decorria a “Recepção ao Caloiro” e, portanto, haveria poucos estudantes.
Lá fui.
Cheguei às 9h30, tirei a senha número 37.
E foi assim, como fui relatando no Facebook…
10h09. Das seis posições de atendimento apenas três estão a funcionar. As duas posições de Tesouraria estão a funcionar, mas estão sem interessados. À espera cerca de 50 pessoas.
10h12. Foi chamado o número 8. O número 12 está a ser atendido porque é um caso de doutoramento.
[Dizem-me que um “senhor professor”, se for tratar do assunto de um filho, também terá prioridade no atendimento. Não apareceu nenhum. Felizmente?…]
10h15. Chamado o 10. Sistema é oral. Quanto às senhas, o sistema é igual ao das secções de peixe dos supermercados.
[A máquina de separação de assuntos está avariada. O quadro electrónico está avariado. De vez em quando, uma funcionária levanta-se e vem ao “hall” perguntar «Está alguém de doutoramento?…». Privilégios…]
10h25. Quinta posição de atendimento prepara-se para começar. [Afinal, tratou-se de “alarme falso”…] Vou sair. Tenho de ir à Couraça de Lisboa colocar mais 50 cêntimos na máquina de estacionamento. Meus só serão 30 cêntimos, porque a máquina do café enganou-se no troco e deu-me 20 cêntimos a mais.
10h40. Regresso. O estacionamento está pago até às 11h31. Chamam o número 16.
10h45. Os números 12 e 47 foram atendidos primeiro. São (outros) casos de doutoramento. Pais a tratar de assuntos de filhos. O 12 tinha chegado às 7h30; a filha está numa empresa e não poderia deslocar-se. O 47 só veio entregar um documento relativo à bolsa atribuída ao filho, a fazer doutoramento em Lisboa mas professor, segundo percebi, em Coimbra.
10h50. Leio o “Diário Económico”, grátis, apesar do jornal ter impresso o preço: 1,60 euros. Estavam uns 10 exemplares em cima da mesa, agora estão lá dois, um deles já meio amassado.
11h10. Chamam o 26. Há quatro posições de atendimento a funcionar.
11h15. O dispensador de senhas tem à vista o 72.
11h20. Assalta-me uma dúvida: terei de voltar ao parquímetro? Faltam 11 minutos. Está a ser atendido o número 31.
11h22. Volta a passar à frente um candidato de doutoramento. [A minha interlocutora de conversa de ocasião, a 38, também acaba de ser atendida. Era igualmente um assunto relacionado com doutoramento.]
11h30. Tudo na mesma…
11h35. É chamado o 33.
12h00. Voltei ao parquímetro da Couraça de Lisboa; mais 30 cêntimos… Entretanto, o 34 e o 35 não apareceram e o 36 (que tinha três senhas na mão) foi chamado. Às 11h42 chamaram o 37. Eu. Disse ao que ia, preenchi um impresso, paguei 25 euros por duas certidões e… pedi para ir ao parquímetro enquanto tratavam dos documentos. Estou agora a regressar da Couraça e a reentrar na Secretaria-Geral.
12h12. Já vi os meus documentos. Vão levar o selo branco. Chamam o 42. O dispensador de senhas mostra o 92.
12h14. Tenho os documentos. Inicio o caminho de regresso ao automóvel, estacionado na Couraça de Lisboa, porque a rua onde se situam os Serviços Académicos é interdita a não-residentes na zona.
SIMPATIA E… OUTRO E-MAIL
Fui atendido com profissionalismo e, até, simpatia. O pedido da Acta do Júri não é vulgar, porque obrigou a esclarecimentos. Mas enquanto fui à Couraça pagar mais 40 minutos de estacionamento, o assunto foi tratado.
Às 15h00, três da tarde em ponto, recebo um e-mail dos Serviços Académicos: «O seu pedido foi considerado Concluído por uma ou mais das seguintes situações: 1) A questão/problema colocado foi considerado respondido. 2)  O serviço foi considerado concluído. 3) A sua mensagem não está relacionada com a Gestão Académica e portanto, será reencaminhada para outro canal de informação da Universidade».
Respondi horas mais tarde da seguinte forma: «Muito obrigado pela mensagem. Informo que o meu pedido foi concluído porque, depois de 23 dias sem receber qualquer resposta desses Serviços, me desloquei à Secretaria-Geral e – após cerca de duas horas e meia de espera – tratei pessoalmente do assunto.»
E… chegou assim ao fim mais uma aventura nos serviços da Universidade de Coimbra, em Portugal – Europa, no ano da graça de 2013 – século XXI.
Foi a quinta aventura, no espaço de um ano.

Nada mau.

Acta que eu queria ter (excerto)
Acta que eu queria ter (excerto)
Artigo anterior
Próximo artigo
RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments

Célia Franco sobre Redacção da TSF ocupada
Maria da Conceição de Oliveira sobre Liceu D. Maria: reencontro 40 anos depois
maria fernanda martins correia sobre Água em Coimbra 54% mais cara do que em Lisboa
João Vaz sobre Conversas [Vasco Francisco]
Eduardo Varandas sobre Conversas [Vasco Francisco]
Emília Trindade sobre Um nascimento atribulado
Emília Trindade sobre Sonhos… [Mário Nicolau]
Emília Trindade sobre Sonhos… [Mário Nicolau]
Américo Coutinho sobre “FDP” [Salvador Massano Cardoso]
José da Conceição Taborda sobre João Silva
António B. Martins sobre Qual é a maior nódoa negra de Coimbra?
Cristina Figueiredo sobre Encontro Bata Azul 40 anos
Maria Emília Seabra sobre Registos – I [Eduardo Aroso]
São Romeiro sobre Encontro Bata Azul 40 anos
maria santos sobre A carta de Ricardo Castanheira
Maria do Rosário Portugal sobre Ricardo Castanheira é suspenso e abandona PS
M Conceição Rosa sobre Quando a filha escreve no jornal…
José Maria Carvalho Ferreira sobre COIMBRA JORNAL tem novos colaboradores
Ana Maria Ferreira sobre Qual é a maior nódoa negra de Coimbra?
Maria Isabel Teixeira Gomes sobre COIMBRA JORNAL tem novos colaboradores
Maria de Fátima Martins sobre Prof. Jorge Santos terminou a viagem
margarida Pedroso de lima sobre Prof. Jorge Santos terminou a viagem
Maria Emília Gaspar sobre Qual é a maior nódoa negra de Coimbra?
Manuel Henrique Saraiva sobre Como eu vi o “Prós e Contras” da RTP
Luísa Cabral Lemos sobre Como eu vi o “Prós e Contras” da RTP
Eduardo Saraiva sobre Prós e Contras: porquê em Coimbra?
Armando Manuel Silvério Colaço sobre Qual é a maior nódoa negra de Coimbra?
Henrique Chicória sobre Qual é a maior nódoa negra de Coimbra?
Maria de Fátima Pedroso Barata Feio Sariva sobre Encarnação inaugurou Coreto com mais de 100 anos
Isabel Hernandez sobre Lembram-se do… Viegas?
Maria Teresa Freire Oliveira sobre Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Manuel Marques Inácio sobre MARINHO PINTO candidato ao Parlamento Europeu
Maria Teresa Freire Oliveira sobre REPORTAGEM / Bolas de Berlim porta-a-porta
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso sobre Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Maria Madalena >Ferreira de Castro sobre Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso sobre INSÓLITO / Tacho na sessão da Câmara de Miranda
Ermenilde F.C.Cipriano sobre REPORTAGEM / Bolas de Berlim porta-a-porta
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso sobre De onde sou, sempre serei
Carlos Santos sobre Revolta de um professor
Eduardo Varandas sobre De onde sou, sempre serei
Norberto Pires sobre Indignidade [Norberto Pires]
Luis Miguel sobre Revolta de um professor
Fernando José Pinto Seixas sobre Indignidade [Norberto Pires]
Olga Rodrigues sobre De onde sou, sempre serei
Eduardo Saraiva sobre Pergunta inquietante
Isabel Hernandez sobre Hoje é dia de S. Cristiano Ronaldo
Leopoldo Serra sobre Ronaldo: alma portuguesa a chorar
mritasoares@hotmail.com sobre Hoje há poesia (15h00) na Casa da Cultura
Eduardo Varandas sobre Caricatura 3 (por Victor Costa)
Maria do Carmo Neves sobre FERREIRA FERNANDES sobre Sócrates
Maria Madalena Ferreira de Castro sobre Revalidar a carta de condução
Eduardo Saraiva sobre Aproveitar o lado bom do capitalismo
Eduardo Saraiva sobre Eusébio faleceu de madrugada
Luís Pinheiro sobre No Café Montanha
Maria Madalena Ferreira de Castro sobre Eusébio faleceu de madrugada
José Maria Carvalho Ferreira sobre José Basílio Simões no “Expresso”
Maria Madalena Ferreira de Castro sobre Carta de Lisboa
Manuel Fernandes sobre No Café Montanha
Eduardo Saraiva sobre Mau tempo em Coimbra (imagens TVI)
candido pereira sobre VERGONHA: Mondego ultrapassa margens
Ana Caldeira sobre Desabamento na Estrada de Eiras
Rosário Portugal sobre Desabamento na Estrada de Eiras
manuel xarepe sobre No Café Montanha
Jorge Antunes sobre Mataram-me a freguesia
António Conchilha Santos sobre Nota de abertura
Herminio Ferreira Rico sobre Ideias e idiotas!
José Reis sobre Nota de abertura
Eduardo Varandas sobre Caricatura
Eduardo Varandas sobre Miradouro da Lua
Célia Franco sobre Nota de abertura
Apolino Pereira sobre Nota de abertura
Armando Gonçalves sobre Nota de abertura
José Maria Carvalho Ferreira sobre Nota de abertura
Jorge Antunes sobre Nota de abertura
João Gaspar sobre Nota de abertura
Ana Caldeira sobre Nota de abertura
Diamantino Carvalho sobre Mataram-me a freguesia
António Olayo sobre Nota de abertura
Alexandrina Marques sobre Nota de abertura
Luis Miguel sobre Nota de abertura
Joao Simões Branco sobre Nota de abertura
Jorge Castilho sobre Nota de abertura
Luísa Cabral Lemos sobre Nota de abertura
José Quinteiro sobre Nota de abertura
Luiz Miguel Santiago sobre Nota de abertura
Fernando Regêncio sobre Nota de abertura
Mário Oliveira sobre Nota de abertura