Primeiro, foi a RTP, com “A opinião de José Sócrates”, um programa apresentado como forma do canal público recuperar audiências.
Fiasco! O programa nunca teve audiência significativa. Os últimos dados que encontrei, referentes à emissão de 28 de Julho, colocavam-no no 15.º lugar, com 446.500 espectadores.
[Para se poder avaliar melhor o impacto do programa, vejam-se as três maiores audiências desse dia: Dança com as estrelas (TVI), 1.529.500 espectadores; Cante se puder (SIC), 1.510.500; Jornal das 8 (TVI), 1.187.500.]
No sábado, o “Expresso” publicou uma grande entrevista com o ex-primeiro-ministro. Comprei o jornal, como sempre. Mas, pela primeira vez, ainda está no saco de plástico e, neste momento, penso seriamente se valerá a pena comprar o jornal depois de amanhã, porque ainda tenho o da semana passada para ler…
Ontem, decorreu a cerimónia de apresentação de um livro, onde foi – ERRADAMENTE – referido que José Sócrates frequentou a Universidade de Coimbra. Não frequentou.
Um dos principais problemas do presente é a falta de memória. Os acontecimentos sucedem-se a ritmo veloz e os momentos de reflexão são cada vez mais raros.
Por isso, decidi recordar aqui um texto que o jornal francês “Libération” (insuspeito de tendências direitistas), publicou em 18 de Março de 2010, quando José Sócrates ainda era primeiro-ministro.
Começa assim: «Nada agora corre bem ao primeiro-ministro socialista, cujo nome está associado a casos de corrupção, no meio de uma grande crise económica.»
O texto pode ser ler lido aqui:
(Se não dominar o francês, peça ajuda ao tradutor do Google…)
Sobre a entrevista ao Expresso, os comentários de três blogues muito conhecidos:
Não sei se irei ler (ou não) a entrevista que repousa no saco de plástico do “Expresso”.
Mas guardo boa memória da governação de Sócrates. Como afirma Maria Filomena Mónica, «acho que não há nenhum governante pior do que Sócrates. Nunca ninguém desceu tão baixo».
Daí que esteja convencido que a “ressurreição” de José Sócrates é impossível. Mas nunca fiando…