17.5 C
Coimbra
Sexta-feira, 2 Junho, 2023
InícioGERALPSD e CPC contra Manuel Machado

PSD e CPC contra Manuel Machado

Machado-Valorizar-as-Pessoas

Não estão a correr bem as coisas na Câmara Municipal de Coimbra, segundo se depreende de dois documentos divulgados ontem por vereadores da oposição: José Belo (PSD) e Ferreira da Silva (Cidadãos por Coimbra – CPC). O socialista Manuel Machado, pelo que se conclui, mantém o estilo de há 20 anos atrás…

«Até agora, a oposição continua sem espaço, nem apoio logístico ou humano, para se reunir ou receber os cidadãos; até agora, ainda não recebemos, também, nenhuma informação sobre “nada” que possa ter considerável importância local para podermos estar presentes e participar», escreveu José Belo, num texto intitulado “Maleitas antidemocráticas”.
Ferreira da Silva, ao intervir na reunião de ontem do Executivo municipal, criticou «a persistência» de Manuel Machado «em incumprir o n.º 7 do artigo 42.º da Lei 75/2013, que o obriga a disponibilizar a todos os vereadores os meios físicos, materiais  e humanos necessários ao cabal desempenho do seu mandato». E acrescentou: «Lá , se vai, afinal,  na volatilidade das palavras, a sua promessa do dia da tomada de posse, aqui na sala ao lado, [de] que todos, mesmo todos, os vereadores seriam chamados à acção política, tentando, antes, fazer de nós, vereadores sem pelouro, meros ratificadores de decisões tomadas».
Vai ser interessante acompanhar o desempenho Manuel Machado na dupla qualidade de presidente da Câmara de Coimbra e de presidente da Associação Nacional de Municípios. Ferreira da Silva colocou muito bem a questão: «Como gostaríamos de sentir que a disponibilidade manifestada por V. Exa. para o diálogo e a convergência no exercício desse seu mandato [como presidente da ANMP], pudesse estender-se a Coimbra. O que, lamentavelmente, não tem acontecido».
No entanto, como salientou José Belo, a situação não é nova: «Aliás, é bom que se diga, que infelizmente, não há originalidade nesta lamentável “birra”. Em tempos já idos houve um folhetim, que encheu as páginas dos jornais locais, parecido com este. A memória lembra os seus protagonistas: o actual presidente da Câmara e o vereador de então Jorge Gouveia Monteiro».
Ou seja: Manuel Machado parece persistir no mesmo comportamento de há duas décadas atrás. Mas esquece-se de dois pormenores importantes: o Mundo, hoje, é muito diferente, a informação circula muito mais depressa e por muitos “meios alternativos”; e, agora, o PS não tem maioria absoluta, apenas dispõe de uma maioria relativa.
Espero bem enganar-me, mas a continuarem a suceder-se episódios como este (o de não facultar os meios mínimos para a Oposição participar na vida do município) e o da fixação da taxa de IMI (ontem aprovada na Assembleia Municipal depois de Manuel Machado ter aumentado em 100% as transferências para as juntas de freguesia), a continuarem as coisas assim, o presidente socialista arrisca-se a quatro anos de… purgatório.
ADVERTÊNCIA – Aos que aparecem sempre nestas alturas colados ao Poder (e fico-me por esta caracterização genérica, para não utilizar termos mais populares…), recordo que nada tenho a ver nem com as decisões de Manuel Machado nem com as intervenções de José Belo e José Manuel Ferreira da Silva. Nem tomei umas, nem escrevi as outras. Entendidos? Felizmente vivemos em Democracia e todos somos livres de pensar pela própria cabeça. Para além disso, nos actos eleitorais todos temos direito a UM voto.

 

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments

Célia Franco on Redacção da TSF ocupada
Maria da Conceição de Oliveira on Liceu D. Maria: reencontro 40 anos depois
maria fernanda martins correia on Água em Coimbra 54% mais cara do que em Lisboa
Eduardo Varandas on Conversas [Vasco Francisco]
Emília Trindade on Um nascimento atribulado
Emília Trindade on Sonhos… [Mário Nicolau]
Emília Trindade on Sonhos… [Mário Nicolau]
José da Conceição Taborda on João Silva
Cristina Figueiredo on Encontro Bata Azul 40 anos
Maria Emília Seabra on Registos – I [Eduardo Aroso]
São Romeiro on Encontro Bata Azul 40 anos
Maria do Rosário Portugal on Ricardo Castanheira é suspenso e abandona PS
M Conceição Rosa on Quando a filha escreve no jornal…
José Maria Carvalho Ferreira on COIMBRA JORNAL tem novos colaboradores
Maria Isabel Teixeira Gomes on COIMBRA JORNAL tem novos colaboradores
Maria de Fátima Martins on Prof. Jorge Santos terminou a viagem
margarida Pedroso de lima on Prof. Jorge Santos terminou a viagem
Manuel Henrique Saraiva on Como eu vi o “Prós e Contras” da RTP
Armando Manuel Silvério Colaço on Qual é a maior nódoa negra de Coimbra?
Maria de Fátima Pedroso Barata Feio Sariva on Encarnação inaugurou Coreto com mais de 100 anos
Isabel Hernandez on Lembram-se do… Viegas?
Maria Teresa Freire Oliveira on Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Maria Teresa Freire Oliveira on REPORTAGEM / Bolas de Berlim porta-a-porta
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso on Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Maria Madalena >Ferreira de Castro on Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso on INSÓLITO / Tacho na sessão da Câmara de Miranda
Ermenilde F.C.Cipriano on REPORTAGEM / Bolas de Berlim porta-a-porta
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso on De onde sou, sempre serei
Carlos Santos on Revolta de um professor
Eduardo Varandas on De onde sou, sempre serei
Norberto Pires on Indignidade [Norberto Pires]
Luis Miguel on Revolta de um professor
Fernando José Pinto Seixas on Indignidade [Norberto Pires]
Olga Rodrigues on De onde sou, sempre serei
Eduardo Saraiva on Pergunta inquietante
mritasoares@hotmail.com on Hoje há poesia (15h00) na Casa da Cultura
Eduardo Varandas on Caricatura 3 (por Victor Costa)
Maria do Carmo Neves on FERREIRA FERNANDES sobre Sócrates
Maria Madalena Ferreira de Castro on Revalidar a carta de condução
Eduardo Saraiva on Eusébio faleceu de madrugada
Luís Pinheiro on No Café Montanha
Maria Madalena Ferreira de Castro on Eusébio faleceu de madrugada
José Maria Carvalho Ferreira on José Basílio Simões no “Expresso”
Maria Madalena Ferreira de Castro on Carta de Lisboa
Manuel Fernandes on No Café Montanha
Rosário Portugal on Desabamento na Estrada de Eiras
manuel xarepe on No Café Montanha
Jorge Antunes on Mataram-me a freguesia
António Conchilha Santos on Nota de abertura
Herminio Ferreira Rico on Ideias e idiotas!
José Reis on Nota de abertura
Eduardo Varandas on Caricatura
Eduardo Varandas on Miradouro da Lua
Célia Franco on Nota de abertura
Apolino Pereira on Nota de abertura
Armando Gonçalves on Nota de abertura
José Maria Carvalho Ferreira on Nota de abertura
Jorge Antunes on Nota de abertura
João Gaspar on Nota de abertura
Ana Caldeira on Nota de abertura
Diamantino Carvalho on Mataram-me a freguesia
António Olayo on Nota de abertura
Alexandrina Marques on Nota de abertura
Luis Miguel on Nota de abertura
Joao Simões Branco on Nota de abertura
Jorge Castilho on Nota de abertura
Luísa Cabral Lemos on Nota de abertura
José Quinteiro on Nota de abertura
Luiz Miguel Santiago on Nota de abertura
Fernando Regêncio on Nota de abertura
Mário Oliveira on Nota de abertura