O rio Mondego saiu hoje do leito. As fotos, obtidas durante a manhã na zona do Parque Verde, são do Augusto Pestana.
Qual será a responsabilidade da falta de desassoreamento nestas inundações? Há mais de 10 anos, muitos mais, que se fala em retirar a areia do leito do rio, mas a incapacidade dos responsáveis (técnicos? políticos?) é evidente. Há zonas do rio em que se pode andar com água pelos joelhos (!), como denunciou a secção de Desportos Náuticos da Académica e o então candidato a deputado Serpa Oliva. O barco Basófias, de baixo casco, bate no fundo e quase só navega num canal!
Aqueles que não tomam as decisões que se impõem durante anos e anos não podem ser, agora, responsabilizados pelos prejuízos? Ou os seus (pomposos) cargos só servem para receber gordos salários?
Lanço aqui o desafio a algum leitor do COIMBRA JORNAL melhor preparado do que eu: como é que se explica que, depois de tantos milhões e milhões de euros gastos na regularização do rio, o Mondego continue a “fazer das suas”, como fazia quando eu era criança e tinha de ir às cavalitas do meu pai para a Escola Primária de S. Bartolomeu?
Mas isso foi há 50 anos, não havia barragem na Aguieira, nem açude-ponte em Coimbra, nem obras no Baixo Mondego.
Faço preces para que a quantidade de chuva não obrigue a uma descarga na Barragem da Aguieira.Então sim,é que será uma tragédia para a baixa coimbrã,se calhar pior do as cheias de antigamente.
É verdade que o rio saltou o leito mas, maior é a vergonha o lixo e as arvores que impedem o rio de correr normalmente, percorram por exemplo a estrda da Beira e vejam como esta o rio . agora pergunto de quem é a responsabilidade? câmara? juntas? civil? ou de todos?
Vamos ver o que nos vai dar o estado de tempo para as próximas 48 horas … a chuva vai continuar a cair bem, os solos já estão saturados e a escorrência poderá tornar-se brutal. Sobre o assoreamento a última palavra cabe sempre à decisão política que pelos vistos ainda não funcionou. Coimbra continua a ser vista como uma cidade provinciana e com pouco valor estratégico na decisão política.