A “cátedra UNESCO” de Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável, a primeira em Portugal na área das Ciências Sociais, foi apresentada hoje ao fim da manhã na Sala do Senado da Universidade de Coimbra.
Helena Freitas – a grande responsável pela candidatura junto do organismo da ONU para a Educação, Ciência e Cultura – apresentou as linhas-gerais do projecto, que conta já com a adesão de uma universidade angolana e outra moçambicana. Em breve juntar-se-á uma instituição cabo-verdiana.
A cerimónia, que decorreu numa sala repleta, foi presidida pelo reitor João Gabriel Silva e contou com a presença de representantes diplomáticos de Angola, Moçambique, Cabo Verde e Brasil.
«A nova cátedra pretende implementar e apoiar uma rede de investigadores e de instituições de ensino superior e I&D entre Portugal, Angola, Moçambique e outros países de língua portuguesa, nos domínios da biodiversidade, ecologia, conservação e utilização sustentável dos recursos biológicos», refere uma documento da Universidade de Coimbra.
Estão previstas «várias actividades e iniciativas, designadamente formação, criação de bolsas, estágios e intercâmbios de recursos humanos com as entidades parceiras, desenvolvimento de projectos científicos e de conservação, publicações e plataformas digitais, bem como da produção de conteúdos audiovisuais relacionados com as áreas de investigação referidas».
Algumas destas acções, aliás, já estão a decorrer. É o caso do doutoramento que prepara Silvano Levi, administrador municipal do Lubango ( província da Huíla), região onde se localiza a Universidade de Mandume, um dos estabelecimentos de ensino superior associados ao projecto.
A “cátedra UNESCO”, a terceira em Portugal (depois de uma na Universidade Católica – Porto e outra na Universidade de Évora), é uma vitória pessoal da vice-reitora coimbrã Helena Freitas, que viu a candidatura aprovada pela UNESCO em «tempo recorde», conforme foi sublinhado na cerimónia.