Eles andam por aí, pelos meios de comunicação tradicionais e aqui pela internet, num afã interminável. São, sobretudo, pê-esses e pê-esse-dês. Mas há outros. A alguns nem se lhes conhece modo de ganhar a vida. Mas estão vivos – e, normalmente, até aparentam estar bem tratados.
Passam os dias a tentar condicionar o debate que se estabelece na sociedade. Na internet, beneficiando das facilidades de acesso, metem o bedelho onde não são chamados, tentam condicionar as conversas e mudar o rumo das reflexões que estão a ser partilhadas. São chatos.
Uns atiram as culpas da situação político-social para cima dos outros. Estes últimos fazem o mesmo em sentido inverso e culpam os primeiros. E pensam que quem os lê não tem memória, não lhes percebe o jogo, não fica até a pensar se não estarão a ser pagos pelo partido. São estúpidos.
Não têm vergonha. São arrogantes. Julgam que o conhecimento chegou à porta deles e entrou, ficou lá por casa, não sobrando mais sabedoria para os vizinhos. Ignorantes, pois então.
Esta gente, que se julga um certo “plus” da sociedade, a “nata”, causa vómitos. Enoja. E provoca um peculiar problema de visão. Olho-os e só consigo vê-los numa posição: a rastejar.
MÁRIO MARTINS