13.9 C
Coimbra
Sexta-feira, 22 Setembro, 2023
InícioDESTAQUEQuando o Diário As Beiras publicou um anúncio no... Diário de Coimbra

Quando o Diário As Beiras publicou um anúncio no… Diário de Coimbra

anuncioDC

O anúncio que o Diário As Beiras fez publicar no Diário de Coimbra

[Este é o Capítulo II das memórias sobre o nascimento do Diário As Beiras. O Capítulo I está aqui.]

MÁRIO MARTINS

Quando aceitei o convite para trabalhar no Diário As Beiras incumbiram-me de tratar do Desporto. A decisão de deixar o Jornal de Notícias, onde era o responsável n.º 2 pela secção de Política/Economia, foi tomada no início de Janeiro de 1994, depois de um episódio familiar no Dia de Natal, que me marcou.

O Diário As Beiras – apesar do seu passado de mensário e semanário – não tinha correspondentes! Para trabalhar na secção de Desporto já tinha sido contratado um jornalista (o Mário Nicolau). Havia também um colaborador. Ou seja: os recursos humanos eram manifestamente insuficientes. Por isso, a primeira decisão foi criar uma rede de correspondentes em todo o distrito.

Sugeri, então, que se publicasse um anúncio no… Diário de Coimbra. Apesar de algumas reticências («Eles não vão publicar…», etc., etc.), a ideia avançou e o anúncio foi publicado no dia 31 de Janeiro. A pagar, claro. O Diário de Coimbra aceitou a publicidade, mas foi “maroto”: publicou o anúncio numa página par (a 10) e do lado interior. Ou seja, no pior local possível, em termos de visualização.

O resultado do anúncio foi um sucesso enorme. Quando o Diário As Beiras arrancou, mês e meio depois, o número de colaboradores da secção de Desporto tinha passado de um para mais de 50! E foi com base neste grupo de pessoas dedicadas, que eram tratadas com o máximo respeito (e carinho) sempre que contactavam a Redacção, que o jornal começou a sua caminhada.

Para encontrar correspondentes numa ou noutra localidade, porém, fomos obrigados a deslocar-nos, com os custos inerentes, para “descobrir” e convidar o futuro representante do jornal nesse local. Desta tarefa se encarregaram, quase sempre, o Mário Nicolau e o Francisco Caleira (entretanto recrutado como colaborador a tempo inteiro): iam fazer uma reportagem ou um relato e, ao mesmo tempo, levavam a incumbência de trazer no regresso o nome do correspondente.

O resultado desta estratégia foi positivo. O Diário As Beiras começou a implantar-se graças à cobertura dos acontecimentos desportivos. As “estórias” sucederam-se. E quando deixei o jornal, quatro anos depois, no Verão de 1998, ficaram num móvel expressamente construído para o efeito quase duas centenas de lembranças (galhardetes, medalhas, emblemas, troféus, etc.) que clubes e associações tinham oferecido.

O anúncio publicado no jornal concorrente valera a pena. Com toda a certeza, foi o melhor investimento alguma vez feito na história do Diário As Beiras.

paginaDC

Anúncio no Diário de Coimbra: no lado interior de uma página par

colaboradores

No dia 15 de Março, quando foi publicado o n.º 1, o Diário As Beiras já  tinha recrutado todos estes colaboradores

paginaDesporto

Uma das páginas de Desporto da edição n.º 1 do Diário As Beiras

pontape-de-saida

O “editorial de Desporto” que redigi na edição n.º 1

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments

Célia Franco on Redacção da TSF ocupada
Maria da Conceição de Oliveira on Liceu D. Maria: reencontro 40 anos depois
maria fernanda martins correia on Água em Coimbra 54% mais cara do que em Lisboa
Eduardo Varandas on Conversas [Vasco Francisco]
Emília Trindade on Um nascimento atribulado
Emília Trindade on Sonhos… [Mário Nicolau]
Emília Trindade on Sonhos… [Mário Nicolau]
José da Conceição Taborda on João Silva
Cristina Figueiredo on Encontro Bata Azul 40 anos
Maria Emília Seabra on Registos – I [Eduardo Aroso]
São Romeiro on Encontro Bata Azul 40 anos
Maria do Rosário Portugal on Ricardo Castanheira é suspenso e abandona PS
M Conceição Rosa on Quando a filha escreve no jornal…
José Maria Carvalho Ferreira on COIMBRA JORNAL tem novos colaboradores
Maria Isabel Teixeira Gomes on COIMBRA JORNAL tem novos colaboradores
Maria de Fátima Martins on Prof. Jorge Santos terminou a viagem
margarida Pedroso de lima on Prof. Jorge Santos terminou a viagem
Manuel Henrique Saraiva on Como eu vi o “Prós e Contras” da RTP
Armando Manuel Silvério Colaço on Qual é a maior nódoa negra de Coimbra?
Maria de Fátima Pedroso Barata Feio Sariva on Encarnação inaugurou Coreto com mais de 100 anos
Isabel Hernandez on Lembram-se do… Viegas?
Maria Teresa Freire Oliveira on Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Maria Teresa Freire Oliveira on REPORTAGEM / Bolas de Berlim porta-a-porta
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso on Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Maria Madalena >Ferreira de Castro on Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso on INSÓLITO / Tacho na sessão da Câmara de Miranda
Ermenilde F.C.Cipriano on REPORTAGEM / Bolas de Berlim porta-a-porta
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso on De onde sou, sempre serei
Carlos Santos on Revolta de um professor
Eduardo Varandas on De onde sou, sempre serei
Norberto Pires on Indignidade [Norberto Pires]
Luis Miguel on Revolta de um professor
Fernando José Pinto Seixas on Indignidade [Norberto Pires]
Olga Rodrigues on De onde sou, sempre serei
Eduardo Saraiva on Pergunta inquietante
mritasoares@hotmail.com on Hoje há poesia (15h00) na Casa da Cultura
Eduardo Varandas on Caricatura 3 (por Victor Costa)
Maria do Carmo Neves on FERREIRA FERNANDES sobre Sócrates
Maria Madalena Ferreira de Castro on Revalidar a carta de condução
Eduardo Saraiva on Eusébio faleceu de madrugada
Luís Pinheiro on No Café Montanha
Maria Madalena Ferreira de Castro on Eusébio faleceu de madrugada
José Maria Carvalho Ferreira on José Basílio Simões no “Expresso”
Maria Madalena Ferreira de Castro on Carta de Lisboa
Manuel Fernandes on No Café Montanha
Rosário Portugal on Desabamento na Estrada de Eiras
manuel xarepe on No Café Montanha
Jorge Antunes on Mataram-me a freguesia
António Conchilha Santos on Nota de abertura
Herminio Ferreira Rico on Ideias e idiotas!
José Reis on Nota de abertura
Eduardo Varandas on Caricatura
Eduardo Varandas on Miradouro da Lua
Célia Franco on Nota de abertura
Apolino Pereira on Nota de abertura
Armando Gonçalves on Nota de abertura
José Maria Carvalho Ferreira on Nota de abertura
Jorge Antunes on Nota de abertura
João Gaspar on Nota de abertura
Ana Caldeira on Nota de abertura
Diamantino Carvalho on Mataram-me a freguesia
António Olayo on Nota de abertura
Alexandrina Marques on Nota de abertura
Luis Miguel on Nota de abertura
Joao Simões Branco on Nota de abertura
Jorge Castilho on Nota de abertura
Luísa Cabral Lemos on Nota de abertura
José Quinteiro on Nota de abertura
Luiz Miguel Santiago on Nota de abertura
Fernando Regêncio on Nota de abertura
Mário Oliveira on Nota de abertura