18 C
Coimbra
Terça-feira, 6 Junho, 2023
InícioÁGUA EM COIMBRAÁgua em Coimbra: descida de 5% é na realidade de 0,4%

Água em Coimbra: descida de 5% é na realidade de 0,4%

MÁRIO MARTINS

Contrariamente ao que os dois diários que se publicam na cidade anunciaram com grande destaque na 1.ª página, o preço da água em Coimbra não baixou 5% em 2014. Nem pouco mais ou menos.
O que baixou 5% por cento foi uma das muitas taxas iníquas que agravam o consumo de água: a taxa popularmente conhecida como “aluguer do contador”. Actualmente tem outro nome, mas o princípio é o mesmo: todos pagam, mesmo um idoso internado durante anos num lar e que, por isso, todos os meses consome 0 (zero) metros cúbicos de água
A taxa era de 4,10 euros em 2013 e baixou para 3,90 euros no ano em curso. Ou seja, cada consumidor de água em Coimbra está a ter uma poupança de 20 cêntimos por mês.

O que os jornais não disseram, porque não o terão dito os responsáveis da Águas de Coimbra, é que da factura constam outras taxas e uma delas aumentou mais de 100%: a Taxa de Recursos Hídricos Saneamento (era de 0,011 e passou para 0,0238 por cada metro cúbico de água consumido)!
Um aumento de mais de 100%, nos tempos que correm, deveria merecer atenção tanto dos responsáveis da Águas de Coimbra como dos jornais que noticiaram o novo tarifário. Mas ninguém lhe ligou.

No caso concreto do consumidor que assina este texto, a situação no final do 1.º trimestre de 2014 é a seguinte:
BENEFÍCIO (descida do aluguer do contador): 3 x 0,20 = 0,60
PREJUÍZO (aumento da TRH Saneamento): 25 m3 x 0,0125 = 0,32
SALDO POSITIVO: 0,60 – 0,32 = 0,28
(Isto é: uma poupança mensal de cerca de 9 cêntimos. O que significa que só lá para Setembro é que o consumidor poderá ir tomar uma bica ao Café Santa Cruz com o valor do “desconto” da Águas de Coimbra. Mas se optar por tomar a bica no Parque Verde, só lá poderá ir em… 2015.)

Analisando por outro prisma, a empresa Águas de Coimbra beneficiou este consumidor concreto com 32 cêntimos no final de três meses. Como o consumidor já pagou facturas no valor de 72 euros, o referido benefício não chega a ser de 1%, quanto mais os anunciados 5%. Melhor: o benefício nem sequer é de 0,5% (meio por cento)! Mais concretamente: o “desconto” é de 0,4%.
Como um dia disse António Guterres, “é só fazer as contas”.

RELATED ARTICLES

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

- Advertisment -

Most Popular

Recent Comments

Célia Franco on Redacção da TSF ocupada
Maria da Conceição de Oliveira on Liceu D. Maria: reencontro 40 anos depois
maria fernanda martins correia on Água em Coimbra 54% mais cara do que em Lisboa
Eduardo Varandas on Conversas [Vasco Francisco]
Emília Trindade on Um nascimento atribulado
Emília Trindade on Sonhos… [Mário Nicolau]
Emília Trindade on Sonhos… [Mário Nicolau]
José da Conceição Taborda on João Silva
Cristina Figueiredo on Encontro Bata Azul 40 anos
Maria Emília Seabra on Registos – I [Eduardo Aroso]
São Romeiro on Encontro Bata Azul 40 anos
Maria do Rosário Portugal on Ricardo Castanheira é suspenso e abandona PS
M Conceição Rosa on Quando a filha escreve no jornal…
José Maria Carvalho Ferreira on COIMBRA JORNAL tem novos colaboradores
Maria Isabel Teixeira Gomes on COIMBRA JORNAL tem novos colaboradores
Maria de Fátima Martins on Prof. Jorge Santos terminou a viagem
margarida Pedroso de lima on Prof. Jorge Santos terminou a viagem
Manuel Henrique Saraiva on Como eu vi o “Prós e Contras” da RTP
Armando Manuel Silvério Colaço on Qual é a maior nódoa negra de Coimbra?
Maria de Fátima Pedroso Barata Feio Sariva on Encarnação inaugurou Coreto com mais de 100 anos
Isabel Hernandez on Lembram-se do… Viegas?
Maria Teresa Freire Oliveira on Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Maria Teresa Freire Oliveira on REPORTAGEM / Bolas de Berlim porta-a-porta
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso on Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Maria Madalena >Ferreira de Castro on Crónica falhada: um ano no Fundo de Desemprego
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso on INSÓLITO / Tacho na sessão da Câmara de Miranda
Ermenilde F.C.Cipriano on REPORTAGEM / Bolas de Berlim porta-a-porta
Eduardo Manuel Dias Martins Aroso on De onde sou, sempre serei
Carlos Santos on Revolta de um professor
Eduardo Varandas on De onde sou, sempre serei
Norberto Pires on Indignidade [Norberto Pires]
Luis Miguel on Revolta de um professor
Fernando José Pinto Seixas on Indignidade [Norberto Pires]
Olga Rodrigues on De onde sou, sempre serei
Eduardo Saraiva on Pergunta inquietante
mritasoares@hotmail.com on Hoje há poesia (15h00) na Casa da Cultura
Eduardo Varandas on Caricatura 3 (por Victor Costa)
Maria do Carmo Neves on FERREIRA FERNANDES sobre Sócrates
Maria Madalena Ferreira de Castro on Revalidar a carta de condução
Eduardo Saraiva on Eusébio faleceu de madrugada
Luís Pinheiro on No Café Montanha
Maria Madalena Ferreira de Castro on Eusébio faleceu de madrugada
José Maria Carvalho Ferreira on José Basílio Simões no “Expresso”
Maria Madalena Ferreira de Castro on Carta de Lisboa
Manuel Fernandes on No Café Montanha
Rosário Portugal on Desabamento na Estrada de Eiras
manuel xarepe on No Café Montanha
Jorge Antunes on Mataram-me a freguesia
António Conchilha Santos on Nota de abertura
Herminio Ferreira Rico on Ideias e idiotas!
José Reis on Nota de abertura
Eduardo Varandas on Caricatura
Eduardo Varandas on Miradouro da Lua
Célia Franco on Nota de abertura
Apolino Pereira on Nota de abertura
Armando Gonçalves on Nota de abertura
José Maria Carvalho Ferreira on Nota de abertura
Jorge Antunes on Nota de abertura
João Gaspar on Nota de abertura
Ana Caldeira on Nota de abertura
Diamantino Carvalho on Mataram-me a freguesia
António Olayo on Nota de abertura
Alexandrina Marques on Nota de abertura
Luis Miguel on Nota de abertura
Joao Simões Branco on Nota de abertura
Jorge Castilho on Nota de abertura
Luísa Cabral Lemos on Nota de abertura
José Quinteiro on Nota de abertura
Luiz Miguel Santiago on Nota de abertura
Fernando Regêncio on Nota de abertura
Mário Oliveira on Nota de abertura