(Foto: ISA CORTEZ)
EDUARDO AROSO *
A cidade parece apresentar certa “violência”, digo turbulência “doméstica”, com um agregado familiar que não é assim tão numeroso! Se houvesse mais filhos, a coisa seria diferente; o problema é que uns emigram e outros não nascem. Este imbróglio surge agora que se fala em mais uma tranche que vai direitinha para o pai ou património dito mundial (entenda-se mundial como a necessidade de outros virem cá cuidar do que é nosso). O problema é bizarro, porque parece haver muita gente em casa a mandar, daí a turbulência ou forma cultural de “violência doméstica” sobre esta espécie de rendimento mínimo garantido.
Pela voz recatada da urbe feminina, agora, qual milagre de Orfeu, parece que lhe sai do peito uma voz de cátedra de mercado ou da baixinha, puxando pelas cordas vocais a gritar: «Com tanta falta de crianças, porque não se calam com isso do PATRIMÓNIO mundial e fazem de mim a cidade do MATRIMÓNIO local e mundial? Francamente, ainda sou a “capital do amor em Portugal”!»
21-6-2014